Você recebe em seu consultório crianças com suspeita de atraso do desenvolvimento de linguagem e muitas vezes fica em dúvida se existe necessidade de prosseguir com alguma investigação, além da avaliação auditiva? Você se pergunta se existe algum problema cognitivo? Certamente, pois esta é uma situação usual em nossas escolas. Pais, professores e, claro, estas crianças dependem de um correto diagnóstico para uma intervenção no tempo certo e com as técnicas adequadas. As mudanças dos critérios que definem o espectro autista e os sintomas ocasionalmente compartilhados entre este e o atraso simples na aquisição da fala tornam a tarefa mais complexa. Uma abordagem multidisciplinar é imperativa e a atuação do otorrinolaringologista somada a do neurologista traz uma chance maior de esclarecimento e, consequentemente, uma estimulação precisa para nossos pacientes. A Prof. Dra. Maria Augusta Montenegro, chefe da Disciplina de Neurologia Pediátrica da UNICAMP, nos mostra nesta aula de maneira didática e com bastante maestria a visão de sua especialidade frente a estes desafios.